domingo, 8 de abril de 2007

Amor, dependencia ou...sentimento de posse..??



Andamos por ai, principalmente quando se tem duvidas, a questinar-nos acerca do que é afinal o amor..Mas na verdade as opiniões variam em função do sentir de cada um. Trata-se sem dúvida de um sentimento, e para muitos os sentimentos não se vêem!!Pois eu discordo! Então ao que chamariamos ao abraço, ao toque, aos comportamentos e atitudes???Nada mais do que o sentimento traduzindo-se em acto, e esse mais do que sentido é visivel!! Houve uma fase da minha vida que senti uma verdadeira liberdade interior, afirmava com toda a convicção que numa relação, mesmo havendo um espaço comum ao casal, não deveriamos perder o nosso espaço individual, aquela coisa da separação/individuação, sabem??? Pois bem, parece-me que é exactamente no momento em que perdemos o nosso espaço individual, que entramos no campo da dependência. Não se confunda com a monotonia, nem com a cedência à vontade do outro e vice-versa. Não!! É quando deixamos de parte a nossa vontade própria, individual, de realização e concretização pessoal em prol do outro, apenas do outro!!Como me disse alguém: não dês tudo o que tens, deixa um bocadinho para ti, para que consigas ter sempre algo TEU, ao qual te possas agarrar!!! Sempre tenho pensado e sentido que a maior prova de amor que se pode dar é entregar-me sem ter medo, sem ter medo de me defender, ser completamente autentica e transparente com o meu sentir, dessa forma seria verdadeira comigo e com o outro!! Despida de defesas, de pensamentos que me obrigassem a reagir de forma diferente, contrariando o que sentia vontade de fazer..Sinceramente...acho que esta é a unica forma que sei e quero amar..Recentemente num debate acerca destas cenas do love, surge ali em cima da mesa um conceito novo, do qual nunca tinha pensado e, pelo menos concientemente, nunca o tinha sentido...sentimento de posse egoista!!!O que é isso??? Bem pelo que percebi, trata-se novamente de um sentimento mas, que tal como os limites supera tudo, é o que estraga e apodrece a relação, acaba com a confiança, destrói a beleza interior, é simplesmente o diabo do casal. E para minha tristeza, apercebi-me que é com base neste que passamos a ser troféus, objectos, algo que se tem porque se conquistou, mas nada mais do que isso, uma conquista!!! Existe amor???é possivel ser-se simplesmente amado pelo que se é? Ou não passamos de representações???Não posso deixar de admitir que me senti assustada, simplesmente porque, de repente, me surge o medo de colocar a hipótese... e se não existe amor??? Mas como sou uma miuda optimista :) acredito que sim e não alimento esse diabo, vou continuar na minha até ver..acredito em tudo, pelo seu lado melhor até que se prove o contrário, mas vou ficar atenta a esta coisa da posse :).... De qualquer forma, acho que já é importante conseguir percebermos o que realmente sentimos, queremos, o que fazemos conosco e com os outros, respeitar o que sentimos é uma grande virtude tal como, e com igual valor, respeitar o que os outros sentem por nós, sem nos servirmos disso!! Um beijo grande....

3 comentários:

CC disse...

E como diria o amigo Matias Aires...O amor não se pode definir; e talvez que esta seja a sua melhor definição. Sendo em nós limitado o modo de explicar, é infinito o modo de sentir; por isso nem tudo o que se sabe sentir, se sabe dizer: o gosto, e a dor, não se podem reduzir a palavras. O amor não só tem ocupado, e há-de ocupar o coração dos homens, mas também os seus discursos; porém por mais que a imaginação se esforce, tudo o que produzir a respeito do amor, são átomos. Os que amam não têm livre o espírito para dizerem o que sentem; e sempre acham que o que sentem é mais do que o que dizem; o mesmo amor entorpece a ideia e lhes serve de embaraço: os que não amam, mal podem discorrer sobre uma impressão, que ignoram; os que amaram são como a cinza fria, donde só se reconhece o efeito da chama, e não a sua natureza; ou também como o cometa, que depois de girar a esfera, sem deixar vestígio algum, desaparece.
SÁBIAS PALAVRAS!

BJ BJ

Anónimo disse...

O Amor não se explica,
simplesmente, sente-se...


Bejos grandes, e sobremesas muito artificiais

amor,liberdade e solidão disse...

Ai o ppl do hospital, não vale vir pa aqui dizer os meus vícios :) deixem lá as gelatinas pa belissima hora do almoço.. :)obrigada por aqui passarem... bejocas grandes