quinta-feira, 31 de maio de 2007

Um refúgio maravilhoso...



Ó Alentejo dos pobres,
reino da desolação,
não sirvas quem te despreza,
é tua a tua nação.


Não vás a terras alheias lançar sementes de morte.
É na terra do teu pão que se joga a tua sorte.
Terra sangrenta de Serpa,
terra morena de Moura,
vilas de angústia em botão,
doce raiva em Baleizão.


Ó margem esquerda do Verão mais quente de Portugal,
margem esquerda deste amorfeito de fome e de sal.
A foice dos teus ceifeiros trago no peito gravada,
ó minha terra morena como bandeira sonhada.

Terra sangrenta de Serpa,
terra morena de Moura,
vilas de angústia em botão,
doce raiva em Baleizão.

Poema de Adriano Correia de Oliveira


4 comentários:

amor,liberdade e solidão disse...

achei muito interessante, ainda não conhecia nenhum blog assim...ta muito funcional e criativo...hei-de la passar mais vezes. boa semana

veritas disse...

Olá!

Eu gosto muito do Alentejo e suas gentes. Magníficos momentos por lá tenho passado...

Bjs. Boa semana.

Anónimo disse...

Aí o meu Alentejo!!!

mulherazul disse...

Alentejo quando canta.....sabes que estas coisinhas tocam-me bastante amiga, o meu chão não há planices mais belas como serpa moura e porque não vale de vargo, joka